Acerca do MNAC

A minha foto
Lisboa, Portugal
Situado no centro histórico de Lisboa, o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, fundado em 1911, foi inteiramente reconstruído em 1994, sob projecto do arquitecto francês Jean-Michel Willmotte. A colecção de arte portuguesa, de 1850 à actualidade, constitui a mais importante colecção nacional de arte contemporânea. O programa de exposições temporárias, de particular relevância, ocupando totalmente o espaço de exposição, é alternado entre a colecção do museu e exposições internacionais. Incidindo sobre artistas e movimentos representados na colecção, propondo revisões e novas pistas de investigação sobre as matérias tratadas, o MNAC apresenta exposições internacionais relevantes que se cruzam com a própria colecção do museu, dando a conhecer obras e artistas contemporâneos internacionais.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Festas Felizes


São os desejos de toda a equipa

do MNAC- Museu do Chiado.
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Seasonal Greetings


With Warm Wishes from
MNAC- Museu do Chiado’s team.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

ISAAC JULIEN WESTERN UNION:Small Boats

Exposição Temporária / Temporary Exhibition



30.10.2008 - 01.02.2009
Piso 2 / Floor 2

WESTERN UNION: Small Boats de Isaac Julien encerra a trilogia de instalações audiovisuais iniciadas com True North (2004) e continuada com Fantôme Afrique (2005).
Estes trabalhos exploram o impacto da localização – tanto cultural como física – através de um retumbante efeito de justaposição de regiões globais em oposição.
Este novo trabalho de Isaac Julien, WESTERN UNION: Small Boats, aborda as viagens através do mar Mediterrâneo dos chamados “clandestinos”, que partem da Líbia, fugindo das guerras e da fome. Podem ser vistos como trabalhadores migrantes da economia, tais como outros europeus - “Anjos” na terminologia de Walter Benjamin -, testemunham o fracasso da esperança e dos sonhos da modernidade e erram agora através dos oceanos, alguns sem nunca chegarem, nem regressarem.
Expandindo a temática da viagem, excursão e expedição, WESTERN UNION: Small Boats, é produzido na era em que o avanço da comunicação global e das novas tecnologias são permanentemente celebradas. Uma das principais questões levantadas por este desenvolvimento é precisamente o papel do indivíduo neste fluxo de informação. A circulação das vidas humanas, os movimentos dos corpos e as histórias das suas vidas, tornam-se oportunas quando as políticas de imigração geram diariamente controvérsia e as relações entre nações são fonte de um permanente e alargado debate.

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WESTERN UNION: Small Boats forms the final installment of Julien’s compelling trilogy of audiovisual film installations which also includes True North (2004) and Fantôme Afrique (2005). The works explore the impact of location – both cultural and physical – to resounding effect through a juxtaposition of opposing global regions.
Julien’s new work, WESTERN UNION: Small Boats concerns journeys made across the seas of the Mediterranean. The journeys and stories of so-called “clandestines” who leave Libya, escaping wars and famines. They can be seen as economic migrant workers, along with certain Europeans – Angels in Walter Benjamin’s terms – who bear witness to modernity’s failed hopes and dreams, and who now travel across oceanic spaces some never to arrive or return.
Expanding the themes of voyages, excursions and expeditions, WESTERN UNION: Small Boats is being produced at a time when advances in global telecommunications and new technologies are continually celebrated. One of the major questions arising from this development is the part individuals may play in this flow of information. Questions surrounding the circulation of human lives, the movements of bodies, and their personal stories, are timely when immigration policies generate controversy on a daily basis, and the relationships between nations are the source of much debate.

http://www.museudochiado-ipmuseus.pt/

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Novo website do MNAC-Museu do Chiado

O novo site do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado já está disponível.
O projecto de implementação de uma nova solução para o website do Museu, ao nível do interface com o utilizador, da aplicação de gestão, do modelo de navegação e da imagem gráfica foi desenvolvido através de uma parceria entre o Museu e e o Centro de Estudos de Design e Arte (CEDA) da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
O novo website cumpre as orientações da Resolução do Conselho de Ministros n.º 155/2007 relativas à acessibilidade pelos cidadãos com necessidades especiais aos sítios da Internet do Governo e dos serviços e organismos públicos da administração central.

Visitem-nos em http://www.museudochiado-ipmuseus.pt/pt

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Inauguração Festival Temps d'Images 2008 | Isaac Julien WESTERN UNION: Small Boats




quinta-feira, 25 de setembro de 2008

SARAU no MNAC - Museu do Chiado já em Outubro


Trio inédito do músico japonês Aki Onda, com dois fundamentais criativos do jazz nacional que trabalham juntos há anos, Sei Miguel e César Burago. Trio desenhado na formação de trompete ‘pocket’, percussão e o maravilhoso mundo das cassetes de memórias de Onda, este é um trabalho que o trio visava desenvolver em conjunto há já algum tempo, e que aqui entra em cena dentro do contexto da peça ‘Blues Quartet’, do artista visual português João Paulo Feliciano, no contexto da sua exposição patente no Museu do Chiado do mesmo nome. Captando e processando os sons que cada música individualmente faz, o Blues Quartet interpreta-os e produz o seu próprio espectáculo cénico de luz e performance.

No âmbito da exposição ‘Blues Quartet’ de João Paulo Feliciano

Concerto: Aki Onda/César Burago/Sei Miguel + The Blues Quartet
Local: MNAC - Museu do Chiado
Data:
3 de Outubro
Horário: 22h
Entrada: 5€




Das cinzas dos Double Leopards e do tempo livre deixado pelos Mouthus nasce esta banda de alguns dos mais influentes criativos da Brooklyn dos últimos anos. Apresentando ‘The Door’, álbum acabado de sair pela Ecstatic Peace (e produzido por Thurston Moore), os Religious Knives produzem um rock profundamente narcótico, que recontextualiza e avança a forma da canção rock, pegando na psicadélia mais seca dos 60s, no prog menos barroco dos 70s, e no rito punitivo dos Sonic Youth e Swans dos primeiros anos. A arrancar a noite, os Gala Drop tocam faixas do seu clássico dub/kosmische/kraut/pós-balear registo de estreia homónimo que está prestes a sair, bem como várias trabalhos novos, na que é a última data da digressão europeia que une estas duas bandas. Antes, há concertos deste mesmo cartaz em Bragança, a 3 de Outubro no Central Pub, e um dia a seguir nos Maus Hábitos, no Porto.


Concerto: Religious Knives e Gala Drop
Local: MNAC - Museu do Chiado
Data:
5 de Outubro
Horário: 22h

Entrada: 7€

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GALA DROP
A originalidade, torna-se menos fácil discernir hoje em dia, é uma qualidade rara. A singularidade em relação ao que está para trás e ao que vai acontecendo a que alguns conseguem chegar, num determinado ponto do tempo, numa determinada circunstância, é algo que resulta, nos seus pontos mais altos, de trabalho sério, ritualizado, aberto, dedicado. É o produto maturado da espontaneidade, a autoridade tangível na estranheza, fruto do tempo e de um contínuo espírito progressivo.
Na música, parecem haver elos comuns em vários dos mais inovadores discos realizados. A criação de um objecto sonoro que reúne uma panóplia de influências – neste caso vastas, vastas -, a necessidade de se afirmar algo premente e previamente inaudito, a vontade de fazer música que os próprios artistas querem ouvir mas que ainda não existe (porque tanta da melhor música é feita por aqueles que mais a amam).
Os Gala Drop, de Nelson Gomes, Tiago Miranda e Afonso Simões, são três músicos, figuras e activistas de uma Lisboa que ainda está para ser seriamente entendida e analisada por quem anota a história. Uma Lisboa e um Portugal da primeira década deste milénio que soube (sabe, continuará a saber) mover, revolucionar e mobilizar-se para os trilhos do desconhecido, e aí rasgar novas avenidas de criação musical.
O seu disco de estreia será (já é) um clássico desta Lisboa difícil de entender à primeira (como sempre nos momentos de avanço). Obra perfeitamente acabada, pensada, maturada, ensaiada e laborada, reúne campos estéticos, rituais e práticas previamente longínquos entre si. Orquestras de sintetizadores, do kraut e kosmische germânicos ao inferno de teclados dos franceses Heldon, do tribalismo percussivo da música psicadélica e de algum free a um conhecimento profundo de décadas de música de dança, das técnicas de processamento do dub jamaicano a uma sensibilidade extraordinária a recursos sonoros e mistura adicional (aqui a cargo de Rafael Toral, também com créditos de masterização).
O léxico da banda, sendo um agrupamento orgânico de todas estas linguagens, é algo exclusivo dos Gala Drop. As métricas de groove e backbeat do trabalho de bateria de Afonso Simões e das percussões de Tiago Miranda, o entendimento ululante das frases dos sintetizadores e teclados deste e de Nelson Gomes, a sensibilidade na escolha de samples trabalhados e recontextualizados que perfazem as bases de algumas das peças aqui apresentadas, a noção narrativa na sequenciação e estrutura das faixas, ordem franca que conseguem concretizar em terreno estético virgem.
Este disco homónimo é então esse registo raríssimo, em que novas trajectórias, possibilidades de irmandade estilística e reunião de géneros se aglutinam num disco da mais pura liberdade, arrojo e dedicação. É um clássico desta Lisboa, mas acima de tudo (e é isso esta década da música independente nacional, quando no seu melhor) um clássico desta década da música urbana contemporânea. É matéria de revelação a que os Gala Drop criam, é parte vital dessa iluminação este disco, é fundamental entendê-lo no seu momento, é fundamental entendê-lo agora. Esta aparição da banda no Museu do Chiado marca a última actuação da banda antes do lançamento deste pedaço de história.

myspace http:// www.myspace.com/galadrop
video http:// youtube.com/watch?v=f8lPeA97PqY ao vivo na AVENIDA


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RELIGIOUS KNIVES
Na história, andamos sempre às voltas (tal como na revisão da história, à qual esta frase não à excepção) nos processos de construção, reconstrução e renovação da produção artística. Por vezes, fases do trabalho de determinados criadores e projectos tornam-se obsoletos quando uma mensagem é finalizada, quando um súmulo de raciocínios e ímpetos são cristalizados em formas finais (ou perto disso); os que procuram o novo vivem uma vida de constante insatisfação, que possibilita uma constante satisfação quando se lhe junta a necessidade e a realidade da acção - são, na maior parte dos casos, esses os trilhos mais interessantes de serem seguidos para quem busca o novo.
Um pouco como os Magik Markers - no que ao percurso concerne -, os Religious Knives, tanto pelo início de carreira como pela banda prévia dos seus dois escritores de canções (os Double Leopards de Mike Bernstein e Maya Miller), abandonaram explorações pararrítmicas e freeform, onde as palavras nunca se chegavam a formar e um Om psicadélico, urbanamente ritualista guiava o seu rumo.
Desde o seu penúltimo registo, 'It's After Dark' até o mais recente 'The Door' (editado pela Ecstatic Peace), que a sua mensagem é vocabular, é algo que encontrou a sua forma no universo da canção - com muitos twists. Por saberem demais de música para apenas refazerem o que está para trás (e como o seu trabalho prévio o prova), os novaiorquinos Religious Knives, quarteto de guitarra, teclas, baixo e bateria (a cargo de Nate Nelson, dos fantásticos Mouthus), pegam em várias linhagens de canção maldita para edificar a sua gramática cancionetista. Uma assemblage narcótica do psicadelismo dos anos 70, do prog menos barroco e mais rockante, da música de sintetizadores das décadas de 70 e de 80, a ambientes punitivos descendentes dos Sonic Youth e Swans em início de carreira.
Resiste a esta coligação um ritmo diferente, uma cadência própria, harmonias invulgares - sensações diferentes (o que mais importa, a raiz de tudo o que almeja longe e original). Em estreia nacional, e a fechar uma digressão europeia de três semanas com os lisboetas Gala Drop, os Religious Knives vêm demonstrar porque é que o trono de Brooklyn mora em sua casa.

site oficial http://www.religiousknives.com
myspace http:// www.myspace.com/religi0usknives
editora http:// www.heavytapes.com
video http:// www.youtube.com/watch?v=Cpmtbd1nMSw "Downstairs" ao vivo
video http:// www.youtube.com/watch?v=cxFLo3SHVlE "The Sun" ao vivo


terça-feira, 16 de setembro de 2008

Alteração do horário / Schedule changes

Informamos que o MNAC-MChiado (incluindo a Cafetaria) passará a encerrar para além da 2ª Feira, também à 3ª feira, por motivos que se prendem com a escassez de vigilantes-recepcionistas e a salvaguarda das adequadas condições de segurança.

De 4ª feira a Domingo mantêm-se os horários normais de abertura: das 10h às 18h.

Pedimos desculpa pelo incómodo causado.

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We inform the public that MNAC-MChiado (including coffee-shop) beyond the weekly day of closure on Mondays, will also be closed on Tuesdays, due to a shortage of surveillance and reception staff.

From Wednesday to Sunday the Museum will be open in the normal time-table: from 10h till 18h.

We apologise for any inconvenience.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

outras ficções / other fictions

No dia 26 de Junho o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado reabriu com uma reposição da colecção do museu sob o título de outras ficções.


Esta exposição reúne um diversificado conjunto de obras da colecção
do Museu Nacional de Arte Contemporânea que datam desde a segunda
metade do século XIX até ao presente. Organizada em torno de quatro
conceitos, Lugar, Reversibilidade, Rebaixamento, Acontecimento,
as obras são relacionadas entre si de forma não cronológica, privilegiando
a diferença e especificidade que cada uma propõe à rede discursiva do núcleo
onde se insere. Pode assim acontecer que uma obra remota tenha maiores
afinidades com uma contemporânea do que com as que se lhe sucedem
imediata e cronologicamente. A escolha destes quatro conceitos partiu
de uma hipótese sobre algumas linhas possíveis de interpretação relativas
às práticas artísticas do nosso presente. Ao convocar tempos tão diferentes
para recensear as obras em cada um destes conceitos produzem-se outros
modos de construção fictícia no seu entendimento, que nada têm de irreal
por oposição à realidade de uma leitura historicista, antes proporcionam
pensar as ficções da prática artística como uma inteligibilidade própria.

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This exhibition brings together some a diverse group of works, from the collection of the Museu Nacional de Arte Contemporânea, that datedating from the second half of the 19th nineteenth century to the present day. Organized around four concepts – Place, Reversibility, Debasement and Event – the works are related not chronologically linked,in non-chronological order privileging, stressing the difference and specificity that each brings to the discursive net of the group to which it belongsweb cast by the group to which it belongs. Thus it isIt is therefore possible that a distant work has a greater affinity with a contemporary one than with those that directly and chronologically follow itfollow it chronologically. The choice of these four concepts departs fromwas based on a hypothesis on of interpretive strategies applied topossible lines of interpretation of artistic practices in the present daycontemporary artistic practice. By placing works fromassembling such different times temporalities under the banner of each of these concepts, we propose their understanding undergoes other modes of fictitious construction for their understanding; modes which are in no way fanciful by virtue of their opposition to the reality of a historicist readinghistoricist readings, but which, rather, afford us the opportunity to consider the fictions of artistic practice as distinctly intelligible.


Pedro Lapa
Director
Museu Nacional de Arte Contemporânea
Museu do Chiado

sábado, 28 de junho de 2008

SARAU: Concerto Hoje 22h no MNAC - Museu do Chiado




Hoje no MNAC - Museu do Chiado pelas 22h00 Sightings e Jooklo Duo !


Desde o início da década que, sem grandes holofotes e grandes artigos e muitos hits de myspace, os Sightings andam a fazer música absolutamente espantosa. Deles é um rock contemporâneo, descendente da pós-guitarra de Arto Lindsay e os DNA, da berraria de Genesis P. Orridge, à voz de Michael Gira até 'Holy Money' dos Swans, mas que desde o primeiro e monumental disco homónimo até aos dias de hoje, tem sido sempre marcado por um som novo.


O duo italiano de Virginia Genta (sax tenor) e David Vanzan (bateria), os Jooklo Duo no último par de anos não têm parado de tocar por toda a Europa, gravando catrefadas de discos em várias formações (o duo, Neokarma Jooklo Trio, Sextet e Octet, Golden Jooklo Age...), colaborando com gente como Makoto Kawabata (Acid Mothers Temple) ou o histórico Sonny Simmons. Um free de uma nova geração, com impressões digitais próprias dos nossos dias, num género que cresce à medida que a necessidade de berrar chega a níveis incomportáveis.


Data: 28 de Junho


Horário: 22h


Entrada: 8 €



quinta-feira, 19 de junho de 2008

museu temporariamente encerrado / museum is temporarily closed

Informamos que o museu está temporariamente encerrado por motivo de mudança de exposições.
No dia 26 de Junho o Museu irá reabrir com a exposição
Outras ficções
arte portuguesa de 1850 até à actualidade
colecção do museu
Pedimos desculpa pelo incómodo causado.

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We inform that the museum is temporarily closed due to the changing of exhibitions.
On the June 26th, the Museum will reopen with the exhibition
OTHER FICTIONS
portuguese art from 1850 to the present day
museum collection.

We apologise for any inconvenience.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Agenda de Junho

REVOLUÇÃO CINÉTICA

actividades semanais

Visitas guiadas
Emília Tavares. 3 Junho
3.ª feira 18.30 h
acesso gratuito

marcação prévia: 213432148, mchiado@ipmuseus.pt
grupos com um mínimo de 6 e um máximo de 30 pessoas


Visitas guiadas à exposição Revolução Cinética
Desenvolvidas num âmbito pedagógico
Ensino básico e secundário: 3.ª, 4.ª, 5.ª e 6.ª feira. 10.00-13.00 h
Ensino secundário e universitário: 3.ª e 5.ª feira. 14.00-17.00 h
Grupos culturais, 3.ª idade e outros: 4.ª e 6.ª feira. 14.00-17.00 h
acesso gratuito
marcação prévia: Catarina Moura, tel. 213 432 148
Grupos limitados a 30 pessoas


actividades de fim-de-semana

Conhecer as fronteiras da percepção e do movimento
Visita guiada para todo o público
Domingos. 12.00 h: 1 Junho.
Sem marcação prévia

terça-feira, 20 de maio de 2008

REVOLUÇÃO CINÉTICA (14 Março – 15 Junho)

O Edifício / The Building


Instalado desde 1911, ano da sua fundação, no espaço do convento de São Francisco da Cidade, conjunto seriamente afectado pelo terramoto de 1755, o actual Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado foi, após o incêndio que em 1988 afectou a zona, reinaugurado em 1994 sob projecto de renovação da autoria do arquitecto francês Jean-Michel Wilmotte.O átrio do Museu serve de entrada e acolhimento aos visitantes e apresenta as linhas gerais que presidiram ao risco do complexo, de uma arquitectura neo-moderna que respeitou os vestígios históricos pré-existentes: imóvel monástico datável do período da reconstrução pós-terramoto, posteriormente adquirido, após a extinção das Ordens Religiosas pela lei liberal de 1834, pelo negociante inglês Abraham Wheelhouse. O átrio ostenta dois pilares de lioz que suportam uma abóbada de tijolo de seis panos, numa austeridade de linhas construtivas inserível na tradição da arquitectura chã portuguesa. A renovação empreendida respeitou e valorizou estes vestígios, tomando partido do pé-direito elevado através de uma plataforma suspensa que permite um nível de visita intermédio, onde se apresenta escultura. Passadeira e escadaria de acesso, balcão de atendimento, painéis de sinalética, guardas envidraçadas, mobiliário, sistemas de iluminação e suportes de obras de arte foram integralmente desenhados por Wilmotte, que se socorreu de materiais como a pedra, o metal e as madeiras bem como de uma paleta cromática de cinzas, valorizada pela pedra de azulina de Cascais polida que reveste o pavimento.
Os cinzas predominam na sala subsequente e superior, onde se expõe escultura, cujo elevado rasgamento vertical amplia ilusoriamente o reduzido espaço de exposição. Através de uma escadaria empedrada o visitante acede ao segundo piso do edifício. Aqui se abre a “Sala dos Fornos”, espaço erguido originalmente entre 1830-40 por Wheelhouse que, então, o dotou de um importante conjunto de fornos em tijolo. A abertura quadrangular no piso que comunica com o hall inferior, actualmente coberta por vidro-rocha, destinava-se certamente à elevação e transporte de farinhas.Novo lance de escadas conduz a uma galeria quadrangular que deita para a sala da escultura e permite o acesso quer aos gabinetes da direcção e terraço superiores, donde se vislumbra o Tejo, quer a outra zona de exposições, duas galerias longitudinais e comunicantes em «L», entrecortado por estreitas frestas de iluminação natural.Da galeria posterior acede-se, a uma sala anexa, espaço experimental revestido a madeiras onde alternam a iluminação natural e artificial.
Anexos a este módulo assinalam-se os espaços da Biblioteca e do Gabinete de Desenhos, porventura as zonas onde a memória conventual é mais visível, por exemplo, nas coberturas abobadadas ou no par de pilares, que se destacam entre o equipamento técnico.
Findo este percurso, o visitante desce através de uma escadaria suspensa ao espaço de Cafetaria e acede à esplanada e jardim exterior com esculturas em bronze dos séculos XIX e XX. Do jardim o visitante acede novamente por uma porta envidraçada à passadeira elevada no átrio, descendo à recepção.

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Housed since its foundation in 1911 in the São Francisco da Cidade monastery, which was heavily damaged in the 1755 earthquake, the current National Museum of Contemporary Art - Museu do Chiado was re-opened in 1994 following a fire that damaged the area in 1988 and after the completion of renovation work by the French architect Jean-Michel Wilmotte.
The museum atrium serves both as entrance and visitor reception area and reveals the general design adopted for the complex: a neo-modern architectural style that respected the pre-existing historical vestiges - a monastic structure dating from the post-earthquake reconstruction period that was later acquired, following the abolition of the religious orders in 1834, by the English merchant Abraham Wheelhouse. The atrium reveals two lias pillars that support a six-sided brick vault in an austerity of constructed line that falls within the tradition of Portuguese plains architecture. The renovation work respected and enhanced these vestiges, exploiting the high ceiling through the addition of a suspended platform that provides an intermediate floor presently used to exhibit sculpture. The suspended walkway and access stairs, reception desk, sign panels, glass display cases, furniture, lighting systems and supports for the art works were all designed by Wilmotte, who made use of materials such as stone, metal and wood, alongside an ash-grey colour scheme, enhanced by the polished dark blue stone from Cascais used for the floor.
Ash-grey predominates in the subsequent and upper room, used to exhibit sculpture, whose high vertical opening amplifies illusorily the museum’s small exhibition space. Via a stone staircase, the visitor reaches the building’s second floor. Here one enters the Sala dos Fornos (Oven Room), originally constructed between 1830 and 1840 by Abraham Wheelhouse, who at the time equipped it with a series of notable brick ovens. The quadrangular opening in the floor that connects to the lower hallway, currently clad with rock glass, was almost certainly intended for lifting and moving flour.
A new flight of stairs leads to a quadrangular gallery that opens into the sculpture room and allows access to both the upper administrative offices and terrace, with views over the river, and the other exhibition area, two longitudinal galleries joined in an ‘L’ and intersected by narrow shafts of natural light.
From the following gallery one reaches an annexed room, an experimental space lined in wood where natural and artificial light alternate.
Adjoining this room are the library and the Gabinete de Desenhos (Drawing Room), the two areas where the monastic legacy is possibly most evident, for instance in the vaulted ceilings and the twin pillars, which stand out amid the array of technical equipment.
Concluding the tour, the visitor descends via a suspended staircase to the café and enters the open terrace and garden with its display of 19th- and 20th-century bronze sculpture. From the garden, one returns, through a glass door, to the suspended walkway of the atrium and from there down to the reception area.

História do Museu / Museum history

Introdução

O Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado foi fundado por decreto da República em 26 de Maio de 1911. Nasce assim da divisão do antigo Museu Nacional de Belas-Artes em Museu Nacional de Arte Antiga, que herdou daquele as obras realizadas até 1850 e continuou instalado no Palácio das Janelas Verdes, e em Museu Nacional de Arte Contemporânea, constituído por todas as obras posteriores a esta data, tendo sido instalado no Convento de S. Francisco, num espaço vizinho da Academia de Belas Artes. Ao organizar-se uma rede museológica, articulada ao longo do país, cumpria-se um projecto de modernidade desenvolvido pelo ideário oitocentista de livre esclarecimento dos cidadãos, dotando o país com os instrumentos necessários à salvaguarda e revelação da arte nacional. Inédita e pioneira, no contexto internacional, terá sido a criação de um museu de arte contemporânea.
A instalação, ainda que a título provisório, do Museu Nacional de Arte Contemporânea no Convento de S. Francisco vinha simbólica e oportunamente situá-lo na zona frequentada pelas tertúlias das gerações representadas no museu. Ocupava os antigos salões onde as exposições dos românticos e naturalistas haviam tido lugar, em espaços anexos ao convento.

1911
O primeiro director, o pintor Carlos Reis, teve uma actuação discreta. A sua nomeação vinha inesperadamente consolidar uma opção conservadora em relação aos jovens artistas radicados em Paris. O museu ocupava então três salas do actual espaço e a sua entrada fazia-se pela Academia de Belas-Artes. Em 1914, o pintor Columbano Bordalo Pinheiro assumiu a direcção dando continuidade e amplo desenvolvimento à linha tradicionalista anteriormente iniciada, resistindo às manifestações de desagrado que a geração modernista então sediada na Brasileira do Chiado exprimia. Durante a sua direcção, até 1929, o museu foi ampliado em mais algumas salas, sendo uma delas dedicada à escultura. Foi o pintor Adriano de Sousa Lopes, indicado por Columbano como o único, de entre as jovens gerações, capaz de lhe suceder, a dar continuidade ao seu projecto e introduzir moderadamente algumas situações modernas que ele mesmo não poderia aceitar. Até 1944 Sousa Lopes revelar-se-ia um director mais ousado do que seria previsível. É neste período que finalmente a geração modernista começa a ter entrada nas colecções do museu e que são adquiridas importantes esculturas de Rodin, Bourdelle e Joseph Bernard. Também neste período o museu cresceu incorporando o contíguo atelier de Columbano Bordalo Pinheiro na Escola de Belas-Artes, abrindo assim uma nova sala dedicada ao pintor.

1945
Será o escultor Diogo Macedo que, como director, depois de profundas obras de remodelação de estrutura e interiores, em 1945, abre diariamente o museu ao público, com entrada independente pela Rua Serpa Pinto. Tendo sido um participante no movimento modernista e posteriormente um historiador de arte, seria de esperar uma nova atitude na direcção. Um programa de exposições temporárias é posto em marcha, bem como investigações sobre artistas representativos da colecção através de pequenas monografias que o museu edita. Todavia uma clara definição de opções modernistas não é assumida, mantendo-se um compromisso pernicioso com o tardo-naturalismo descontextualizado do seu tempo. Alguns artistas revelados na segunda metade da década de 1940 vêm algumas das suas obras adquiridas, ainda que de forma pouco esclarecida e sem programa específico. Assim, até 1959, o museu apresentava um perfil desactualizado e conservador pouco comum a outros museus espalhados pela Europa. A nomeação política do pintor Eduardo Malta, nesse ano, apesar dos protestos generalizados por parte da comunidade de artistas plásticos e críticos, veio, contudo, repor um modelo passadista que se revelaria catastrófico para as opções modernistas das colecções e o respectivo acerto, necessário, com a situação internacional. Um catálogo foi ainda realizado mas os fundamentos nazis, onde os critérios de apresentação da colecção se alicerçavam, impuseram a sua censura por parte das autoridades do próprio regime político que nomeara este mesmo director. Em 1970, Maria de Lourdes Bártholo, conservadora de formação, foi nomeada directora do museu, que se encontrava em avançado estado de degradação. Durante os 17 anos seguintes o edifício sofreu apenas algumas obras de arranjo muito superficiais. As colecções prolongaram-se até à contemporaneidade sem que os critérios de representatividade dos diversos movimentos, tendências e individualidades da arte portuguesa, que a partir da década anterior haviam sofrido profundas transformações quantitativas e qualitativas, fossem minimamente equacionados e as aquisições definissem um entendimento consistente e porventura amplo da contemporaneidade.

1994
Com o incêndio do Chiado, em Agosto de 1988, ainda que o fogo não tenha atingido o museu, as obras de arte foram retiradas como medida cautelar. Decidiu a então Secretaria de Estado da Cultura, Teresa Gouveia, que o destino das instalações deveria ser repensado. O governo francês ofereceu um projecto de renovação dos espaços da autoria do arquitecto Jean-Michel Wilmotte que, com uma equipa dirigida pela historiadora de arte Raquel Henriques da Silva, redefiniu o museu tal como se apresenta desde a sua reinauguração em 12 de Julho de 1994.
O projecto arquitectónico procurou integrar os espaços existentes de relevância histórica com uma linguagem neomoderna, valorizadora da autonomia dos planos que constituem as passagens suspensas, o próprio chão e os tectos ou as súbitas paredes que definem grandes verticalidades. Com uma original e económica paleta de materiais e cor, a sua sobriedade discreta dialoga plenamente com as funções do edifício.
Quando o museu reabriu um catálogo intitulado Museu do Chiado, Arte Portuguesa 1850-1950, da autoria de Pedro Lapa, Raquel Henriques da Silva e Maria de Aires Silveira, apresentava os núcleos mais consistentes e coerentes da extensa colecção, superior a duas mil espécies, com estudos individualizados de cada obra, bem como as respectivas bibliografia e historial. Dada a ineficácia do acervo em representar condignamente a segunda metade do século XX, a atenção da política de aquisições centrou-se nas obras seminais dos movimentos desse período. Um programa de exposições temporárias sistemático e organizado em torno dos artistas nacionais revelados nas décadas menos bem representadas na colecção foi posto em prática a par de uma grande ênfase nos estudos e investigações apresentados nos respectivos catálogos. Um programa de arte contemporânea dirigido aos artistas em fase de revelação, que realizaram os seus trabalhos a partir de interpretações da colecção do museu, foi activado e permitiu a aquisição de variadas obras que iniciaram uma actualização da colecção relativamente à contemporaneidade. Desde a reabertura a insuficiência de espaço, quer para a colecção, quer para as exposições temporárias foi um facto notório.

1998
Em final de 1998 Pedro Lapa, que integrara a equipa de reorganização do museu, assumiu a sua direcção. O programa de exposições temporárias ganhou maior destaque e passou a articular-se em quatro áreas específicas, directa ou indirectamente relacionadas com o âmbito cronológico da colecção. Assim deu-se início a um conjunto de exposições de carácter retrospectivo sobre artistas portugueses do século XIX; foram também continuadas as grandes retrospectivas de movimentos ou artistas modernistas portugueses, tendo sido realizado o primeiro catálogo raisonné sobre um artista português, Joaquim Rodrigo; paralelamente os nomes e movimentos que formaram as vanguardas históricas foram objecto de exposições amplas em co-produção com outros prestigiados museus internacionais; o programa Interferências (1998-2002) corria paralelamente às referidas exposições e apresentava trabalhos especificamente produzidos para o efeito por artistas contemporâneos nacionais e internacionais. Outro aspecto a que este programa dava especial relevância era a natureza das publicações que acompanhavam as exposições e que apresentavam um profundo desenvolvimento científico e ensaístico.
A política de aquisições tem-se desenvolvido em dois sentidos de forma a colmatar as referidas lacunas da colecção, sendo que as décadas de 1950 e 1960 encontram já muito significativas representações, bem como a década de 1990. Foi também dado início à integração na colecção de outros géneros artísticos, como sejam a fotografia e o vídeo, que constituem suportes de grande recorrência nas práticas artísticas contemporâneas. Para este efeito em muito contribuíram as participações de alguns mecenas mais empenhados neste processo de devolver ao Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado a propriedade da sua designação.
A ausência de espaço tem-se revelado como um dos factores mais constrangedores de toda a diversidade de actividades que o museu procura desenvolver, seja a possibilidade de apresentar com carácter de continuidade as suas colecções, seja a de desenvolver exposições temporárias com a escala desejada ou ainda actividades pedagógicas, todas estas dimensões da actividade museográfica encontram limitações cuja resolução tem tardado.

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Introduction

The National Museum of Contemporary Art - Museu do Chiado was established by government decree on 26th May 1911. It was born out of the division of the old Museu Nacional de Belas-Artes into the Museu Nacional de Arte Antiga, which inherited from the former all the works produced prior to 1850 and remained in the Palácio das Janelas Verdes, and the National Museum of Contemporary Art, which included all the works completed after that date and was housed in the Convento de S. Francisco, in an area neighbouring the Academia de Belas Artes. The creation of a network of museums, which spread the length of the country, was the fulfilment of a project based on the 18th century concept of human enlightenment, endowing the country with the necessary tools to safeguard and display the nation’s art. The creation of a museum of contemporary art was, in the international context, new and unprecedented.
The housing, though only on a temporary basis, of the National Museum of Contemporary Art in the Convento de S. Francisco located it symbolically and opportunely in the area frequented by the artists of the periods represented in the museum. It occupied the large old halls, convent annexes, where the exhibitions of the Romantics and the naturalists had been held.

1911
The performance of the museum’s first director, the painter Carlos Reis, was low-key. His appointment represented an unexpected triumph for the conservative lobby, to the detriment of the young artists established in Paris. The museum at the time occupied three of its present rooms, and it was entered via the Academia de Belas-Artes. In 1914, the painter Columbano Bordalo Pinheiro became director, continuing and fully developing the traditionalist approach previously adopted, and resisting the shows of displeasure vented by the modernists then centred on the Café Brasileira in Chiado. During his time as director (1914-1929), the museum was expanded to fill several more rooms, one of which was dedicated to sculpture. The painter Adriano de Sousa Lopes, deemed by Columbano the sole artist from amongst the younger generation fit to succeed him, gave continuity to his project and introduced, moderately, some modern elements that he himself was unable to accept. Until 1944, Sousa Lopes would prove to be a bolder director than expected. It was during this period that the modernists finally began to make inroads into the museum’s collections and that important sculptures by Rodin, Bourdelle and Joseph Bernard were acquired. Also during this period, the museum grew, incorporating Columbano Bordalo Pinheiro’s adjacent atelier at the Escola de Belas-Artes, opening thus a new room dedicated to the painter.

1945
It was the sculptor Diogo Macedo who, as director, after extensive remodelling of the structure and interior, opened the museum daily to the public in 1945, with its own entrance in Rua Serpa Pinto. Having been involved in the modernist movement and then later an art historian, his appointment was expected to usher in a new era at the museum. A programme of temporary exhibitions was implemented, as well as research on artists represented in the collection in the form of short monographs published by the museum. However, no clear definition of a modernist stance was forthcoming, and the pernicious commitment to late-naturalism decontextualised from its time was continued. Some works by artists that emerged in the latter half of the 1940s were acquired, though in an unclear and unplanned fashion. Thus, up until 1959, the museum was outdated and conservative and had little in common with other museums across Europe. The political appointment of the painter Eduardo Malta in that same year, despite general protests by the art community and critics, nevertheless placed further emphasis on a backward-looking approach that had catastrophic consequences for the collection’s modernist position and its respective and necessary adjustment to the international art scene. A catalogue was produced, but the nazi principles on which the collection’s presentation lay was heavily condemned by the leaders of the very regime that had appointed the director in the first place. In 1970, Maria de Lourdes Bártholo, a conservative by training, was appointed director of the museum, which was in an advanced state of disrepair. Over the following 17 years, the building only underwent some very superficial restoration work. The collection extended up to the contemporary era, but the criteria governing representation of the diverse movements, trends and leading figures in Portuguese art, which from the preceding decade onwards had undergone profound quantitative and qualitative transformations, were not in the least equated and neither did the museum’s acquisitions define a consistent and broad understanding of contemporaneity.

1994
With the Chiado fire in August 1988, and even though the museum escaped unscathed, the works of art were removed as a precautionary measure. It was decided by the then secretary of State for Culture, Teresa Gouveia, that the collection’s home should be rethought. The French government put forward a project to renovate the museum by the architect Jean-Michel Wilmotte, who, with a team led by the art historian Raquel Henriques da Silva, redefined the museum in the form it has exhibited since its re-inauguration on 12th July 1994.
The project sought to integrate the building’s existing historically important spaces into a neo-modern architectural language, enhancing the autonomy of the planes that constitute the suspended walkways, the floor itself and the ceilings and the sudden walls that define great vertical extensions. With an original and economic range of materials and colours, its discreet austerity establishes a full dialogue with the building’s functions.
When the museum reopened, a catalogue entitled Museu do Chiado, Arte Portuguesa 1850-1950, produced by Pedro Lapa, Raquel Henriques da Silva and Maria de Aires Silveira, presented the most consistent and coherent nuclei of its extensive collection, over two thousand items, with individual studies on each work, as well as respective bibliographies and historical backgrounds. Given the collection’s failings with regard to its representation of art from the latter half of the twentieth century, the museum’s acquisitions policy focused on the seminal works of the movements of that period. A systematic programme of temporary exhibitions on Portuguese artists that had emerged during the least well represented decades in the collection was put into place, alongside a strong emphasis on the studies and research presented in the respective catalogues. A programme of contemporary art aimed at emerging artists, whose work was based on interpretations of the museum’s collection, was set up and allowed the acquisition of varied works that initiated an updating of the collection’s body of contemporary art. Since the reopening, the museum’s lack of space, both for the collection and the temporary exhibitions, has become notorious.

1998
At the end of 1998, Pedro Lapa, a member of the museum’s reorganisational team, became director. The programme of temporary exhibitions took on greater importance and the focus moved to four specific areas, directly or indirectly related to the chronological scope of the collection. Thus was begun a series of retrospective exhibitions on 19th century Portuguese artists. Continued were the museum’s large retrospectives on Portuguese modernist movements and artists, with the first catalogue raisoneé on a Portuguese artist, Joaquim Rodrigo. In parallel, large exhibitions on the artists and movements at the historical forefront were co-produced with other prestigious international museums. The Interferências (1998-2002) programme ran parallel to the above exhibitions and presented work specifically produced for it by contemporary Portuguese and international artists. Another aspect to which this programme gave particular importance was the format of the publications that accompanied the exhibitions and that presented in-depth scientific and essayistic analysis.
The acquisitions policy has been developed along two lines in order to mitigate the shortcomings referred to in the collection, and the 1950s and 1960s, as well as the 1990s, are now already significantly well represented. A start was also made at incorporating other artistic genres into the collection, such as photography and video, media which are heavily exploited in contemporary art. Several of the museum’s custodians more actively involved in giving the National Museum of Contemporary Art - Museu do Chiado the resources its title would suggest have greatly contributed to this process.
The lack of space has been one of the factors that has most hampered the implementation of the wide range of activities that the museum has sought to develop. The chance to exhibit its collections in a continuous manner, or to develop temporary exhibitions of the scale desired, or even develop pedagogic activities, all these aspects of a museum’s activity are subject to limitations for which a solution is long overdue.

Visitar o Museu / Visiting the Museum


Museu Nacional de Arte Contemporânea
Museu do Chiado
Rua Serpa Pinto, 4
1200-444 Lisboa
Tel. + 351 213 432 148
Fax + 351 213 432 151
mchiado@ipmuseus.pt

Horário
Segunda-feira: encerrado
Terça-feira a Domingo: 10.00-18.00h

Preço do bilhete
4 €

Descontos
mediante comprovação documental
_ 50% Indivíduos entre os 15 e os 25 anos e com mais de 65 anos; visitantes portadores de deficiência
_ 60% Portadores do Cartão Jovem

Entrada gratuita
mediante comprovação documental actualizada
_ Crianças até aos 14 anos
_ Estudantes e Professores ( mediante apresentação do cartão do ano lectivo em curso)
_ Portadores do Lisboa Card
_ Portadores de cartões de crédito Millenium (gold ou superior)
_ Amigos do Museu de Arte Contemporânea de Serralves
_ Membros da APOM/ICOM, Academia Nacional de Belas Artes, Academia Portuguesa de História, Academia Internacional da Cultura Portuguesa, Amigos do Museu de Arte Contemporânea de Serralves e membros dos Grupos de Amigos dos museus e palácios do IMC
_ Investigadores credenciados
_ Jornalistas e profissionais do turismo no desempenho das suas funções
_ Mecenas institucionais do museu
_ Funcionários do IMC e serviços dependentes
_ Funcionários do Millenium e seus familiares
_ Domingo e feriados, até às 14.00 h

Passe do Instituto dos Museus e da Conservação
_ 2 dias: 7 €
_ 5 dias: 11 €
_ 7 dias: 14 €
descontos
_ 20% Portadores do Cartão FNAC

Bilhete de Família
famílias com dois ou mais filhos
_ 50% de desconto sobre o preço do ingresso de um dos pais

Serviços
Loja / Livraria
Cafetaria com esplanada no Jardim da Escultura
Percurso táctil para invisuais à escultura dos sécs. XIX e XX
Acesso para deficientes motores
Cacifos

Transportes
Autocarro: 60, 208, 758
Eléctrico: 28
Estação de Metro: Baixa-Chiado

Parques de estacionamento mais próximos
Cais do Sodré, Largo do Corpo Santo, Praça Luís de Camões, Largo do Carmo, Santa Catarina

Associação de Amigos do Museu do Chiado – MNAC
Constituída em 12 de Julho de 1995.
Secretariado
Tel. 213432148
Fax 213432151
amigos@museudochiado-ipmuseus.pt
Museu do Chiado – MNAC
Rua Serpa Pinto, 4
1200-444 Lisboa
Tel. + 351 213 432 148
Fax + 351 213 432 151
E-mail mchiado@ipmuseus.pt

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Opening times
Mondays: closed
Tuesdays – Sundays: 10am-6pm

Admission
4 €

Discounts
upon presentation of relevant card
_ 50% Young people aged 15-25 and senior citizens (over 65); visitors with disabilities
_ 60% Youth Card holders

Free admission
upon presentation of relevant card
_ Children under 14
_ Students and Teachers (with current ID)
_ Lisboa Card holders
_ Millenium credit card holders (gold or superior)
_ Friends of the Museu de Arte Contemporânea de Serralves
_ Members of APOM/ICOM, Academia Nacional de Belas Artes, Academia Portuguesa de História and Academia Internacional da Cultura Portuguesa, Friends of the Museu de Arte Contemporânea de Serralves and members of the Groups of Friends of the museums and palaces from the IMC
_ Accredited researchers
_ Journalists and tourism industry employees working in a professional capacity
_ Institutional sponsors of the museum
_ Employees of IMC and IPM-related organisations
_ Employees of Millenium its relatives
_ Sundays and bank holidays, until 2pm

Institute of Museums and Conservation Pass
_ 2 day: 7 €
_ 5 day: 11 €
_ 7 day: 14 €
discounts
_ 20% FNAC Card holders

Family Ticket
families with two or more children
_ 50% off the admission price for one of the parents

Facilities
Museum shop / Bookshop
Cafeteria with open terrace in the Sculpture Garden
Touch Tour of 19th and 20th Century sculpture for the visually impaired
Access for the physically disabled
Lockers

Public transport
Bus: 60, 208, 758
Tram: 28
Metro: Baixa-Chiado station

Closest parking
Cais do Sodré, Largo do Corpo Santo, Praça Luís de Camões, Largo do Carmo, Santa Catarina

Friends of Museu do Chiado – MNAC
Secretariado
Tel. 213432148
Fax 213432151
amigos@museudochiado-ipmuseus.pt