Acerca do MNAC

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Lisboa, Portugal
Situado no centro histórico de Lisboa, o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, fundado em 1911, foi inteiramente reconstruído em 1994, sob projecto do arquitecto francês Jean-Michel Willmotte. A colecção de arte portuguesa, de 1850 à actualidade, constitui a mais importante colecção nacional de arte contemporânea. O programa de exposições temporárias, de particular relevância, ocupando totalmente o espaço de exposição, é alternado entre a colecção do museu e exposições internacionais. Incidindo sobre artistas e movimentos representados na colecção, propondo revisões e novas pistas de investigação sobre as matérias tratadas, o MNAC apresenta exposições internacionais relevantes que se cruzam com a própria colecção do museu, dando a conhecer obras e artistas contemporâneos internacionais.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Agenda de Junho

REVOLUÇÃO CINÉTICA

actividades semanais

Visitas guiadas
Emília Tavares. 3 Junho
3.ª feira 18.30 h
acesso gratuito

marcação prévia: 213432148, mchiado@ipmuseus.pt
grupos com um mínimo de 6 e um máximo de 30 pessoas


Visitas guiadas à exposição Revolução Cinética
Desenvolvidas num âmbito pedagógico
Ensino básico e secundário: 3.ª, 4.ª, 5.ª e 6.ª feira. 10.00-13.00 h
Ensino secundário e universitário: 3.ª e 5.ª feira. 14.00-17.00 h
Grupos culturais, 3.ª idade e outros: 4.ª e 6.ª feira. 14.00-17.00 h
acesso gratuito
marcação prévia: Catarina Moura, tel. 213 432 148
Grupos limitados a 30 pessoas


actividades de fim-de-semana

Conhecer as fronteiras da percepção e do movimento
Visita guiada para todo o público
Domingos. 12.00 h: 1 Junho.
Sem marcação prévia

terça-feira, 20 de maio de 2008

REVOLUÇÃO CINÉTICA (14 Março – 15 Junho)

O Edifício / The Building


Instalado desde 1911, ano da sua fundação, no espaço do convento de São Francisco da Cidade, conjunto seriamente afectado pelo terramoto de 1755, o actual Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado foi, após o incêndio que em 1988 afectou a zona, reinaugurado em 1994 sob projecto de renovação da autoria do arquitecto francês Jean-Michel Wilmotte.O átrio do Museu serve de entrada e acolhimento aos visitantes e apresenta as linhas gerais que presidiram ao risco do complexo, de uma arquitectura neo-moderna que respeitou os vestígios históricos pré-existentes: imóvel monástico datável do período da reconstrução pós-terramoto, posteriormente adquirido, após a extinção das Ordens Religiosas pela lei liberal de 1834, pelo negociante inglês Abraham Wheelhouse. O átrio ostenta dois pilares de lioz que suportam uma abóbada de tijolo de seis panos, numa austeridade de linhas construtivas inserível na tradição da arquitectura chã portuguesa. A renovação empreendida respeitou e valorizou estes vestígios, tomando partido do pé-direito elevado através de uma plataforma suspensa que permite um nível de visita intermédio, onde se apresenta escultura. Passadeira e escadaria de acesso, balcão de atendimento, painéis de sinalética, guardas envidraçadas, mobiliário, sistemas de iluminação e suportes de obras de arte foram integralmente desenhados por Wilmotte, que se socorreu de materiais como a pedra, o metal e as madeiras bem como de uma paleta cromática de cinzas, valorizada pela pedra de azulina de Cascais polida que reveste o pavimento.
Os cinzas predominam na sala subsequente e superior, onde se expõe escultura, cujo elevado rasgamento vertical amplia ilusoriamente o reduzido espaço de exposição. Através de uma escadaria empedrada o visitante acede ao segundo piso do edifício. Aqui se abre a “Sala dos Fornos”, espaço erguido originalmente entre 1830-40 por Wheelhouse que, então, o dotou de um importante conjunto de fornos em tijolo. A abertura quadrangular no piso que comunica com o hall inferior, actualmente coberta por vidro-rocha, destinava-se certamente à elevação e transporte de farinhas.Novo lance de escadas conduz a uma galeria quadrangular que deita para a sala da escultura e permite o acesso quer aos gabinetes da direcção e terraço superiores, donde se vislumbra o Tejo, quer a outra zona de exposições, duas galerias longitudinais e comunicantes em «L», entrecortado por estreitas frestas de iluminação natural.Da galeria posterior acede-se, a uma sala anexa, espaço experimental revestido a madeiras onde alternam a iluminação natural e artificial.
Anexos a este módulo assinalam-se os espaços da Biblioteca e do Gabinete de Desenhos, porventura as zonas onde a memória conventual é mais visível, por exemplo, nas coberturas abobadadas ou no par de pilares, que se destacam entre o equipamento técnico.
Findo este percurso, o visitante desce através de uma escadaria suspensa ao espaço de Cafetaria e acede à esplanada e jardim exterior com esculturas em bronze dos séculos XIX e XX. Do jardim o visitante acede novamente por uma porta envidraçada à passadeira elevada no átrio, descendo à recepção.

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Housed since its foundation in 1911 in the São Francisco da Cidade monastery, which was heavily damaged in the 1755 earthquake, the current National Museum of Contemporary Art - Museu do Chiado was re-opened in 1994 following a fire that damaged the area in 1988 and after the completion of renovation work by the French architect Jean-Michel Wilmotte.
The museum atrium serves both as entrance and visitor reception area and reveals the general design adopted for the complex: a neo-modern architectural style that respected the pre-existing historical vestiges - a monastic structure dating from the post-earthquake reconstruction period that was later acquired, following the abolition of the religious orders in 1834, by the English merchant Abraham Wheelhouse. The atrium reveals two lias pillars that support a six-sided brick vault in an austerity of constructed line that falls within the tradition of Portuguese plains architecture. The renovation work respected and enhanced these vestiges, exploiting the high ceiling through the addition of a suspended platform that provides an intermediate floor presently used to exhibit sculpture. The suspended walkway and access stairs, reception desk, sign panels, glass display cases, furniture, lighting systems and supports for the art works were all designed by Wilmotte, who made use of materials such as stone, metal and wood, alongside an ash-grey colour scheme, enhanced by the polished dark blue stone from Cascais used for the floor.
Ash-grey predominates in the subsequent and upper room, used to exhibit sculpture, whose high vertical opening amplifies illusorily the museum’s small exhibition space. Via a stone staircase, the visitor reaches the building’s second floor. Here one enters the Sala dos Fornos (Oven Room), originally constructed between 1830 and 1840 by Abraham Wheelhouse, who at the time equipped it with a series of notable brick ovens. The quadrangular opening in the floor that connects to the lower hallway, currently clad with rock glass, was almost certainly intended for lifting and moving flour.
A new flight of stairs leads to a quadrangular gallery that opens into the sculpture room and allows access to both the upper administrative offices and terrace, with views over the river, and the other exhibition area, two longitudinal galleries joined in an ‘L’ and intersected by narrow shafts of natural light.
From the following gallery one reaches an annexed room, an experimental space lined in wood where natural and artificial light alternate.
Adjoining this room are the library and the Gabinete de Desenhos (Drawing Room), the two areas where the monastic legacy is possibly most evident, for instance in the vaulted ceilings and the twin pillars, which stand out amid the array of technical equipment.
Concluding the tour, the visitor descends via a suspended staircase to the café and enters the open terrace and garden with its display of 19th- and 20th-century bronze sculpture. From the garden, one returns, through a glass door, to the suspended walkway of the atrium and from there down to the reception area.

História do Museu / Museum history

Introdução

O Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado foi fundado por decreto da República em 26 de Maio de 1911. Nasce assim da divisão do antigo Museu Nacional de Belas-Artes em Museu Nacional de Arte Antiga, que herdou daquele as obras realizadas até 1850 e continuou instalado no Palácio das Janelas Verdes, e em Museu Nacional de Arte Contemporânea, constituído por todas as obras posteriores a esta data, tendo sido instalado no Convento de S. Francisco, num espaço vizinho da Academia de Belas Artes. Ao organizar-se uma rede museológica, articulada ao longo do país, cumpria-se um projecto de modernidade desenvolvido pelo ideário oitocentista de livre esclarecimento dos cidadãos, dotando o país com os instrumentos necessários à salvaguarda e revelação da arte nacional. Inédita e pioneira, no contexto internacional, terá sido a criação de um museu de arte contemporânea.
A instalação, ainda que a título provisório, do Museu Nacional de Arte Contemporânea no Convento de S. Francisco vinha simbólica e oportunamente situá-lo na zona frequentada pelas tertúlias das gerações representadas no museu. Ocupava os antigos salões onde as exposições dos românticos e naturalistas haviam tido lugar, em espaços anexos ao convento.

1911
O primeiro director, o pintor Carlos Reis, teve uma actuação discreta. A sua nomeação vinha inesperadamente consolidar uma opção conservadora em relação aos jovens artistas radicados em Paris. O museu ocupava então três salas do actual espaço e a sua entrada fazia-se pela Academia de Belas-Artes. Em 1914, o pintor Columbano Bordalo Pinheiro assumiu a direcção dando continuidade e amplo desenvolvimento à linha tradicionalista anteriormente iniciada, resistindo às manifestações de desagrado que a geração modernista então sediada na Brasileira do Chiado exprimia. Durante a sua direcção, até 1929, o museu foi ampliado em mais algumas salas, sendo uma delas dedicada à escultura. Foi o pintor Adriano de Sousa Lopes, indicado por Columbano como o único, de entre as jovens gerações, capaz de lhe suceder, a dar continuidade ao seu projecto e introduzir moderadamente algumas situações modernas que ele mesmo não poderia aceitar. Até 1944 Sousa Lopes revelar-se-ia um director mais ousado do que seria previsível. É neste período que finalmente a geração modernista começa a ter entrada nas colecções do museu e que são adquiridas importantes esculturas de Rodin, Bourdelle e Joseph Bernard. Também neste período o museu cresceu incorporando o contíguo atelier de Columbano Bordalo Pinheiro na Escola de Belas-Artes, abrindo assim uma nova sala dedicada ao pintor.

1945
Será o escultor Diogo Macedo que, como director, depois de profundas obras de remodelação de estrutura e interiores, em 1945, abre diariamente o museu ao público, com entrada independente pela Rua Serpa Pinto. Tendo sido um participante no movimento modernista e posteriormente um historiador de arte, seria de esperar uma nova atitude na direcção. Um programa de exposições temporárias é posto em marcha, bem como investigações sobre artistas representativos da colecção através de pequenas monografias que o museu edita. Todavia uma clara definição de opções modernistas não é assumida, mantendo-se um compromisso pernicioso com o tardo-naturalismo descontextualizado do seu tempo. Alguns artistas revelados na segunda metade da década de 1940 vêm algumas das suas obras adquiridas, ainda que de forma pouco esclarecida e sem programa específico. Assim, até 1959, o museu apresentava um perfil desactualizado e conservador pouco comum a outros museus espalhados pela Europa. A nomeação política do pintor Eduardo Malta, nesse ano, apesar dos protestos generalizados por parte da comunidade de artistas plásticos e críticos, veio, contudo, repor um modelo passadista que se revelaria catastrófico para as opções modernistas das colecções e o respectivo acerto, necessário, com a situação internacional. Um catálogo foi ainda realizado mas os fundamentos nazis, onde os critérios de apresentação da colecção se alicerçavam, impuseram a sua censura por parte das autoridades do próprio regime político que nomeara este mesmo director. Em 1970, Maria de Lourdes Bártholo, conservadora de formação, foi nomeada directora do museu, que se encontrava em avançado estado de degradação. Durante os 17 anos seguintes o edifício sofreu apenas algumas obras de arranjo muito superficiais. As colecções prolongaram-se até à contemporaneidade sem que os critérios de representatividade dos diversos movimentos, tendências e individualidades da arte portuguesa, que a partir da década anterior haviam sofrido profundas transformações quantitativas e qualitativas, fossem minimamente equacionados e as aquisições definissem um entendimento consistente e porventura amplo da contemporaneidade.

1994
Com o incêndio do Chiado, em Agosto de 1988, ainda que o fogo não tenha atingido o museu, as obras de arte foram retiradas como medida cautelar. Decidiu a então Secretaria de Estado da Cultura, Teresa Gouveia, que o destino das instalações deveria ser repensado. O governo francês ofereceu um projecto de renovação dos espaços da autoria do arquitecto Jean-Michel Wilmotte que, com uma equipa dirigida pela historiadora de arte Raquel Henriques da Silva, redefiniu o museu tal como se apresenta desde a sua reinauguração em 12 de Julho de 1994.
O projecto arquitectónico procurou integrar os espaços existentes de relevância histórica com uma linguagem neomoderna, valorizadora da autonomia dos planos que constituem as passagens suspensas, o próprio chão e os tectos ou as súbitas paredes que definem grandes verticalidades. Com uma original e económica paleta de materiais e cor, a sua sobriedade discreta dialoga plenamente com as funções do edifício.
Quando o museu reabriu um catálogo intitulado Museu do Chiado, Arte Portuguesa 1850-1950, da autoria de Pedro Lapa, Raquel Henriques da Silva e Maria de Aires Silveira, apresentava os núcleos mais consistentes e coerentes da extensa colecção, superior a duas mil espécies, com estudos individualizados de cada obra, bem como as respectivas bibliografia e historial. Dada a ineficácia do acervo em representar condignamente a segunda metade do século XX, a atenção da política de aquisições centrou-se nas obras seminais dos movimentos desse período. Um programa de exposições temporárias sistemático e organizado em torno dos artistas nacionais revelados nas décadas menos bem representadas na colecção foi posto em prática a par de uma grande ênfase nos estudos e investigações apresentados nos respectivos catálogos. Um programa de arte contemporânea dirigido aos artistas em fase de revelação, que realizaram os seus trabalhos a partir de interpretações da colecção do museu, foi activado e permitiu a aquisição de variadas obras que iniciaram uma actualização da colecção relativamente à contemporaneidade. Desde a reabertura a insuficiência de espaço, quer para a colecção, quer para as exposições temporárias foi um facto notório.

1998
Em final de 1998 Pedro Lapa, que integrara a equipa de reorganização do museu, assumiu a sua direcção. O programa de exposições temporárias ganhou maior destaque e passou a articular-se em quatro áreas específicas, directa ou indirectamente relacionadas com o âmbito cronológico da colecção. Assim deu-se início a um conjunto de exposições de carácter retrospectivo sobre artistas portugueses do século XIX; foram também continuadas as grandes retrospectivas de movimentos ou artistas modernistas portugueses, tendo sido realizado o primeiro catálogo raisonné sobre um artista português, Joaquim Rodrigo; paralelamente os nomes e movimentos que formaram as vanguardas históricas foram objecto de exposições amplas em co-produção com outros prestigiados museus internacionais; o programa Interferências (1998-2002) corria paralelamente às referidas exposições e apresentava trabalhos especificamente produzidos para o efeito por artistas contemporâneos nacionais e internacionais. Outro aspecto a que este programa dava especial relevância era a natureza das publicações que acompanhavam as exposições e que apresentavam um profundo desenvolvimento científico e ensaístico.
A política de aquisições tem-se desenvolvido em dois sentidos de forma a colmatar as referidas lacunas da colecção, sendo que as décadas de 1950 e 1960 encontram já muito significativas representações, bem como a década de 1990. Foi também dado início à integração na colecção de outros géneros artísticos, como sejam a fotografia e o vídeo, que constituem suportes de grande recorrência nas práticas artísticas contemporâneas. Para este efeito em muito contribuíram as participações de alguns mecenas mais empenhados neste processo de devolver ao Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado a propriedade da sua designação.
A ausência de espaço tem-se revelado como um dos factores mais constrangedores de toda a diversidade de actividades que o museu procura desenvolver, seja a possibilidade de apresentar com carácter de continuidade as suas colecções, seja a de desenvolver exposições temporárias com a escala desejada ou ainda actividades pedagógicas, todas estas dimensões da actividade museográfica encontram limitações cuja resolução tem tardado.

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Introduction

The National Museum of Contemporary Art - Museu do Chiado was established by government decree on 26th May 1911. It was born out of the division of the old Museu Nacional de Belas-Artes into the Museu Nacional de Arte Antiga, which inherited from the former all the works produced prior to 1850 and remained in the Palácio das Janelas Verdes, and the National Museum of Contemporary Art, which included all the works completed after that date and was housed in the Convento de S. Francisco, in an area neighbouring the Academia de Belas Artes. The creation of a network of museums, which spread the length of the country, was the fulfilment of a project based on the 18th century concept of human enlightenment, endowing the country with the necessary tools to safeguard and display the nation’s art. The creation of a museum of contemporary art was, in the international context, new and unprecedented.
The housing, though only on a temporary basis, of the National Museum of Contemporary Art in the Convento de S. Francisco located it symbolically and opportunely in the area frequented by the artists of the periods represented in the museum. It occupied the large old halls, convent annexes, where the exhibitions of the Romantics and the naturalists had been held.

1911
The performance of the museum’s first director, the painter Carlos Reis, was low-key. His appointment represented an unexpected triumph for the conservative lobby, to the detriment of the young artists established in Paris. The museum at the time occupied three of its present rooms, and it was entered via the Academia de Belas-Artes. In 1914, the painter Columbano Bordalo Pinheiro became director, continuing and fully developing the traditionalist approach previously adopted, and resisting the shows of displeasure vented by the modernists then centred on the Café Brasileira in Chiado. During his time as director (1914-1929), the museum was expanded to fill several more rooms, one of which was dedicated to sculpture. The painter Adriano de Sousa Lopes, deemed by Columbano the sole artist from amongst the younger generation fit to succeed him, gave continuity to his project and introduced, moderately, some modern elements that he himself was unable to accept. Until 1944, Sousa Lopes would prove to be a bolder director than expected. It was during this period that the modernists finally began to make inroads into the museum’s collections and that important sculptures by Rodin, Bourdelle and Joseph Bernard were acquired. Also during this period, the museum grew, incorporating Columbano Bordalo Pinheiro’s adjacent atelier at the Escola de Belas-Artes, opening thus a new room dedicated to the painter.

1945
It was the sculptor Diogo Macedo who, as director, after extensive remodelling of the structure and interior, opened the museum daily to the public in 1945, with its own entrance in Rua Serpa Pinto. Having been involved in the modernist movement and then later an art historian, his appointment was expected to usher in a new era at the museum. A programme of temporary exhibitions was implemented, as well as research on artists represented in the collection in the form of short monographs published by the museum. However, no clear definition of a modernist stance was forthcoming, and the pernicious commitment to late-naturalism decontextualised from its time was continued. Some works by artists that emerged in the latter half of the 1940s were acquired, though in an unclear and unplanned fashion. Thus, up until 1959, the museum was outdated and conservative and had little in common with other museums across Europe. The political appointment of the painter Eduardo Malta in that same year, despite general protests by the art community and critics, nevertheless placed further emphasis on a backward-looking approach that had catastrophic consequences for the collection’s modernist position and its respective and necessary adjustment to the international art scene. A catalogue was produced, but the nazi principles on which the collection’s presentation lay was heavily condemned by the leaders of the very regime that had appointed the director in the first place. In 1970, Maria de Lourdes Bártholo, a conservative by training, was appointed director of the museum, which was in an advanced state of disrepair. Over the following 17 years, the building only underwent some very superficial restoration work. The collection extended up to the contemporary era, but the criteria governing representation of the diverse movements, trends and leading figures in Portuguese art, which from the preceding decade onwards had undergone profound quantitative and qualitative transformations, were not in the least equated and neither did the museum’s acquisitions define a consistent and broad understanding of contemporaneity.

1994
With the Chiado fire in August 1988, and even though the museum escaped unscathed, the works of art were removed as a precautionary measure. It was decided by the then secretary of State for Culture, Teresa Gouveia, that the collection’s home should be rethought. The French government put forward a project to renovate the museum by the architect Jean-Michel Wilmotte, who, with a team led by the art historian Raquel Henriques da Silva, redefined the museum in the form it has exhibited since its re-inauguration on 12th July 1994.
The project sought to integrate the building’s existing historically important spaces into a neo-modern architectural language, enhancing the autonomy of the planes that constitute the suspended walkways, the floor itself and the ceilings and the sudden walls that define great vertical extensions. With an original and economic range of materials and colours, its discreet austerity establishes a full dialogue with the building’s functions.
When the museum reopened, a catalogue entitled Museu do Chiado, Arte Portuguesa 1850-1950, produced by Pedro Lapa, Raquel Henriques da Silva and Maria de Aires Silveira, presented the most consistent and coherent nuclei of its extensive collection, over two thousand items, with individual studies on each work, as well as respective bibliographies and historical backgrounds. Given the collection’s failings with regard to its representation of art from the latter half of the twentieth century, the museum’s acquisitions policy focused on the seminal works of the movements of that period. A systematic programme of temporary exhibitions on Portuguese artists that had emerged during the least well represented decades in the collection was put into place, alongside a strong emphasis on the studies and research presented in the respective catalogues. A programme of contemporary art aimed at emerging artists, whose work was based on interpretations of the museum’s collection, was set up and allowed the acquisition of varied works that initiated an updating of the collection’s body of contemporary art. Since the reopening, the museum’s lack of space, both for the collection and the temporary exhibitions, has become notorious.

1998
At the end of 1998, Pedro Lapa, a member of the museum’s reorganisational team, became director. The programme of temporary exhibitions took on greater importance and the focus moved to four specific areas, directly or indirectly related to the chronological scope of the collection. Thus was begun a series of retrospective exhibitions on 19th century Portuguese artists. Continued were the museum’s large retrospectives on Portuguese modernist movements and artists, with the first catalogue raisoneé on a Portuguese artist, Joaquim Rodrigo. In parallel, large exhibitions on the artists and movements at the historical forefront were co-produced with other prestigious international museums. The Interferências (1998-2002) programme ran parallel to the above exhibitions and presented work specifically produced for it by contemporary Portuguese and international artists. Another aspect to which this programme gave particular importance was the format of the publications that accompanied the exhibitions and that presented in-depth scientific and essayistic analysis.
The acquisitions policy has been developed along two lines in order to mitigate the shortcomings referred to in the collection, and the 1950s and 1960s, as well as the 1990s, are now already significantly well represented. A start was also made at incorporating other artistic genres into the collection, such as photography and video, media which are heavily exploited in contemporary art. Several of the museum’s custodians more actively involved in giving the National Museum of Contemporary Art - Museu do Chiado the resources its title would suggest have greatly contributed to this process.
The lack of space has been one of the factors that has most hampered the implementation of the wide range of activities that the museum has sought to develop. The chance to exhibit its collections in a continuous manner, or to develop temporary exhibitions of the scale desired, or even develop pedagogic activities, all these aspects of a museum’s activity are subject to limitations for which a solution is long overdue.

Visitar o Museu / Visiting the Museum


Museu Nacional de Arte Contemporânea
Museu do Chiado
Rua Serpa Pinto, 4
1200-444 Lisboa
Tel. + 351 213 432 148
Fax + 351 213 432 151
mchiado@ipmuseus.pt

Horário
Segunda-feira: encerrado
Terça-feira a Domingo: 10.00-18.00h

Preço do bilhete
4 €

Descontos
mediante comprovação documental
_ 50% Indivíduos entre os 15 e os 25 anos e com mais de 65 anos; visitantes portadores de deficiência
_ 60% Portadores do Cartão Jovem

Entrada gratuita
mediante comprovação documental actualizada
_ Crianças até aos 14 anos
_ Estudantes e Professores ( mediante apresentação do cartão do ano lectivo em curso)
_ Portadores do Lisboa Card
_ Portadores de cartões de crédito Millenium (gold ou superior)
_ Amigos do Museu de Arte Contemporânea de Serralves
_ Membros da APOM/ICOM, Academia Nacional de Belas Artes, Academia Portuguesa de História, Academia Internacional da Cultura Portuguesa, Amigos do Museu de Arte Contemporânea de Serralves e membros dos Grupos de Amigos dos museus e palácios do IMC
_ Investigadores credenciados
_ Jornalistas e profissionais do turismo no desempenho das suas funções
_ Mecenas institucionais do museu
_ Funcionários do IMC e serviços dependentes
_ Funcionários do Millenium e seus familiares
_ Domingo e feriados, até às 14.00 h

Passe do Instituto dos Museus e da Conservação
_ 2 dias: 7 €
_ 5 dias: 11 €
_ 7 dias: 14 €
descontos
_ 20% Portadores do Cartão FNAC

Bilhete de Família
famílias com dois ou mais filhos
_ 50% de desconto sobre o preço do ingresso de um dos pais

Serviços
Loja / Livraria
Cafetaria com esplanada no Jardim da Escultura
Percurso táctil para invisuais à escultura dos sécs. XIX e XX
Acesso para deficientes motores
Cacifos

Transportes
Autocarro: 60, 208, 758
Eléctrico: 28
Estação de Metro: Baixa-Chiado

Parques de estacionamento mais próximos
Cais do Sodré, Largo do Corpo Santo, Praça Luís de Camões, Largo do Carmo, Santa Catarina

Associação de Amigos do Museu do Chiado – MNAC
Constituída em 12 de Julho de 1995.
Secretariado
Tel. 213432148
Fax 213432151
amigos@museudochiado-ipmuseus.pt
Museu do Chiado – MNAC
Rua Serpa Pinto, 4
1200-444 Lisboa
Tel. + 351 213 432 148
Fax + 351 213 432 151
E-mail mchiado@ipmuseus.pt

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Opening times
Mondays: closed
Tuesdays – Sundays: 10am-6pm

Admission
4 €

Discounts
upon presentation of relevant card
_ 50% Young people aged 15-25 and senior citizens (over 65); visitors with disabilities
_ 60% Youth Card holders

Free admission
upon presentation of relevant card
_ Children under 14
_ Students and Teachers (with current ID)
_ Lisboa Card holders
_ Millenium credit card holders (gold or superior)
_ Friends of the Museu de Arte Contemporânea de Serralves
_ Members of APOM/ICOM, Academia Nacional de Belas Artes, Academia Portuguesa de História and Academia Internacional da Cultura Portuguesa, Friends of the Museu de Arte Contemporânea de Serralves and members of the Groups of Friends of the museums and palaces from the IMC
_ Accredited researchers
_ Journalists and tourism industry employees working in a professional capacity
_ Institutional sponsors of the museum
_ Employees of IMC and IPM-related organisations
_ Employees of Millenium its relatives
_ Sundays and bank holidays, until 2pm

Institute of Museums and Conservation Pass
_ 2 day: 7 €
_ 5 day: 11 €
_ 7 day: 14 €
discounts
_ 20% FNAC Card holders

Family Ticket
families with two or more children
_ 50% off the admission price for one of the parents

Facilities
Museum shop / Bookshop
Cafeteria with open terrace in the Sculpture Garden
Touch Tour of 19th and 20th Century sculpture for the visually impaired
Access for the physically disabled
Lockers

Public transport
Bus: 60, 208, 758
Tram: 28
Metro: Baixa-Chiado station

Closest parking
Cais do Sodré, Largo do Corpo Santo, Praça Luís de Camões, Largo do Carmo, Santa Catarina

Friends of Museu do Chiado – MNAC
Secretariado
Tel. 213432148
Fax 213432151
amigos@museudochiado-ipmuseus.pt